Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 80
Filter
1.
Crit. Care Sci ; 35(4): 345-354, Oct.-Dec. 2023.
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528481

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: The optimal target for blood glucose concentration in critically ill patients is unclear. We will perform a systematic review and meta-analysis with aggregated and individual patient data from randomized controlled trials, comparing intensive glucose control with liberal glucose control in critically ill adults. Data sources: MEDLINE®, Embase, the Cochrane Central Register of Clinical Trials, and clinical trials registries (World Health Organization, clinical trials.gov). The authors of eligible trials will be invited to provide individual patient data. Published trial-level data from eligible trials that are not at high risk of bias will be included in an aggregated data meta-analysis if individual patient data are not available. Methods: Inclusion criteria: randomized controlled trials that recruited adult patients, targeting a blood glucose of ≤ 120mg/dL (≤ 6.6mmol/L) compared to a higher blood glucose concentration target using intravenous insulin in both groups. Excluded studies: those with an upper limit blood glucose target in the intervention group of > 120mg/dL (> 6.6mmol/L), or where intensive glucose control was only performed in the intraoperative period, and those where loss to follow-up exceeded 10% by hospital discharge. Primary endpoint: In-hospital mortality during index hospital admission. Secondary endpoints: mortality and survival at other timepoints, duration of invasive mechanical ventilation, vasoactive agents, and renal replacement therapy. A random effect Bayesian meta-analysis and hierarchical Bayesian models for individual patient data will be used. Discussion: This systematic review with aggregate and individual patient data will address the clinical question, 'what is the best blood glucose target for critically ill patients overall?' Protocol version 0.4 - 06/26/2023 PROSPERO registration: CRD42021278869


RESUMO Objetivo: Não está claro qual é a meta ideal de concentração de glicose no sangue em pacientes em estado grave. Realizaremos uma revisão sistemática e uma metanálise com dados agregados e de pacientes individuais de estudos controlados e randomizados, comparando o controle intensivo da glicose com o controle liberal da glicose em adultos em estado grave. Fontes de dados: MEDLINE®, Embase, Cochrane Central Register of Clinical Trials e registros de ensaios clínicos (Organização Mundial da Saúde, clinical trials.gov). Os autores dos estudos qualificados serão convidados a fornecer dados individuais de pacientes. Os dados publicados em nível de ensaio qualificado que não apresentem alto risco de viés serão incluídos em uma metanálise de dados agregados se os dados individuais de pacientes não estiverem disponíveis. Métodos: Critérios de inclusão: ensaios clínicos controlados e randomizados que recrutaram pacientes adultos, com meta de glicemia ≤ 120mg/dL (≤ 6,6mmol/L) comparada a uma meta de concentração de glicemia mais alta com insulina intravenosa em ambos os grupos. Estudos excluídos: aqueles com meta de glicemia no limite superior no grupo de intervenção > 120mg/dL (> 6,6mmol/L), ou em que o controle intensivo de glicose foi realizado apenas no período intraoperatório, e aqueles em que a perda de seguimento excedeu 10% até a alta hospitalar. Desfecho primário: Mortalidade intra-hospitalar durante a admissão hospitalar. Desfechos secundários: Mortalidade e sobrevida em outros momentos, duração da ventilação mecânica invasiva, agentes vasoativos e terapia de substituição renal. Utilizaremos metanálise bayesiana de efeito randômico e modelos bayesianos hierárquicos para dados individuais de pacientes. Discussão: Essa revisão sistemática com dados agregados e de pacientes individuais abordará a questão clínica: Qual é a melhor meta de glicose no sangue de pacientes graves em geral? Protocolo versão 0.4 - 26/06/2023 Registro PROSPERO: CRD42021278869

2.
Crit. Care Sci ; 35(4): 394-401, Oct.-Dec. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528485

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To investigate the impact of delirium severity in critically ill COVID-19 patients and its association with outcomes. Methods: This prospective cohort study was performed in two tertiary intensive care units in Rio de Janeiro, Brazil. COVID-19 patients were evaluated daily during the first 7 days of intensive care unit stay using the Richmond Agitation Sedation Scale, Confusion Assessment Method for Intensive Care Unit (CAM-ICU) and Confusion Method Assessment for Intensive Care Unit-7 (CAM-ICU-7). Delirium severity was correlated with outcomes and one-year mortality. Results: Among the 277 COVID-19 patients included, delirium occurred in 101 (36.5%) during the first 7 days of intensive care unit stay, and it was associated with a higher length of intensive care unit stay in days (IQR 13 [7 - 25] versus 6 [4 - 12]; p < 0.001), higher hospital mortality (25.74% versus 5.11%; p < 0.001) and additional higher one-year mortality (5.3% versus 0.6%, p < 0.001). Delirium was classified by CAM-ICU-7 in terms of severity, and higher scores were associated with higher in-hospital mortality (17.86% versus 34.38% versus 38.46%, 95%CI, p value < 0.001). Severe delirium was associated with a higher risk of progression to coma (OR 7.1; 95%CI 1.9 - 31.0; p = 0.005) and to mechanical ventilation (OR 11.09; 95%CI 2.8 - 58.5; p = 0.002) in the multivariate analysis, adjusted by severity and frailty. Conclusion: In patients admitted with COVID-19 in the intensive care unit, delirium was an independent risk factor for the worst prognosis, including mortality. The delirium severity assessed by the CAM-ICU-7 during the first week in the intensive care unit was associated with poor outcomes, including progression to coma and to mechanical ventilation.


RESUMO Objetivo: Investigar como a gravidade do delirium afeta pacientes graves com COVID-19 e sua associação com os desfechos. Métodos: Estudo de coorte prospectivo realizado em duas unidades de terapia intensiva terciárias no Rio de Janeiro (RJ). Os pacientes com COVID-19 foram avaliados diariamente durante os primeiros 7 dias de internação na unidade de terapia intensiva usando a escala de agitação e sedação de Richmond, a Confusion Assessment Method for Intensive Care Unit (CAM-ICU) e a Confusion Assessment Method for Intensive Care Unit-7 (CAM-ICU-7). A gravidade do delirium foi correlacionada com os desfechos e a mortalidade em 1 ano. Resultados: Entre os 277 pacientes com COVID-19 incluídos, o delirium ocorreu em 101 (36,5%) durante os primeiros 7 dias de internação na unidade de terapia intensiva e foi associado a maior tempo de internação na unidade de terapia intensiva em dias (IQ: 13 [7 - 25] versus 6 [4 - 12]; p < 0,001), maior mortalidade hospitalar (25,74% versus 5,11%; p < 0,001) e maior mortalidade em 1 ano (5,3% versus 0,6%, p < 0,001). O delirium foi classificado pela CAM-ICU-7 em termos de gravidade, e escores maiores foram associados à maior mortalidade hospitalar (17,86% versus 34,38% versus 38,46%, IC95%, valor de p < 0,001). O delirium grave foi associado a um risco maior de progressão ao coma (RC de 7,1; IC95% 1,9 - 31,0; p = 0,005) e à ventilação mecânica (RC de 11,09; IC95% 2,8 - 58,5; p = 0,002) na análise multivariada, ajustada por gravidade e fragilidade Conclusão: Em pacientes internados com COVID-19 na unidade de terapia intensiva, o delirium foi fator de risco independente para o pior prognóstico, incluindo mortalidade. A gravidade do delirium avaliada pela CAM-ICU-7 durante a primeira semana na unidade de terapia intensiva foi associada a desfechos desfavoráveis, incluindo a progressão ao coma e à ventilação mecânica.

3.
Rev. gastroenterol. Perú ; 43(2)abr. 2023.
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1450021

ABSTRACT

Retroperitoneal cystic lymphangiomas (RCL) are rare benign tumors of the lymphatic system. They account for less than 1% of all lymphangiomas. Surgical resection is the recommended treatment option; however, obtaining a pre-operative diagnosis is often difficult and, in most cases, the final diagnosis is only possible following histological assessment of the surgical specimen. This report describes a case of RCL in a 58-year-old female cirrhotic patient who presented to our center with dull aching abdominal pain and distension. To our knowledge, this is the first case of a RCL in a cirrhotic patient reported in the literature.


Los linfangiomas quísticos retroperitoneales (LQR) son tumores benignos raros del sistema linfático y representan menos del 1% de todos los linfangiomas. La resección quirúrgica es la opción de tratamiento recomendada; sin embargo, obtener un diagnóstico preoperatorio suele ser difícil y, en la mayoría de los casos, el diagnóstico final solo es posible tras la evaluación histológica de la pieza operatoria. En este estudio, describimos un caso de un LQR en una paciente cirrótica de 58 años que se presentó en nuestro centro con dolor abdominal sordo y distensión. Hasta donde sabemos, este es el primer caso de LQR en un paciente cirrótico reportado en la literatura.

4.
Crit. Care Sci ; 35(1): 84-96, Jan. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448071

ABSTRACT

ABSTRACT The number of patients with cancer requiring intensive care unit admission is increasing around the world. The improvement in the pathophysiological understanding of this group of patients, as well as the increasingly better and more targeted treatment options for their underlying disease, has led to a significant increase in their survival over the past three decades. Within the organizational concepts, it is necessary to know what adds value in the care of critical oncohematological patients. Practices in medicine that do not benefit patients and possibly cause harm are called low-value practices, while high-value practices are defined as high-quality care at relatively low cost. In this article, we discuss ten domains with high-value evidence in the care of cancer patients: (1) intensive care unit admission policies; (2) intensive care unit organization; (3) etiological investigation of hypoxemia; (4) management of acute respiratory failure; (5) management of febrile neutropenia; (6) urgent chemotherapy treatment in critically ill patients; (7) patient and family experience; (8) palliative care; (9) care of intensive care unit staff; and (10) long-term impact of critical disease on the cancer population. The disclosure of such policies is expected to have the potential to change health care standards. We understand that it is a lengthy process, and initiatives such as this paper are one of the first steps in raising awareness and beginning a discussion about high-value care in various health scenarios.


RESUMO O número de pacientes oncológicos com necessidade de internação em unidades de terapia intensiva está aumentando em todo o mundo. A maior compreensão fisiopatológica desse grupo de pacientes, bem como opções de tratamento cada vez melhores e mais direcionadas à doença subjacente, tem levado a um aumento significativo da sobrevida nas últimas três décadas. Dentro dos conceitos organizacionais é necessário saber o que agrega valor ao cuidado de pacientes onco-hematológicos graves. As práticas terapêuticas não benéficas aos pacientes e possivelmente causadoras de danos são chamadas práticas de baixo valor, enquanto as práticas de alto valor são definidas como cuidados de alta qualidade a um custo relativamente baixo. Neste artigo discutimos dez domínios com evidências de alto valor no cuidado de pacientes com câncer: (1) políticas de internação na unidade de terapia intensiva; (2) organização da unidade de terapia intensiva; (3) investigação etiológica da hipoxemia; (4) manejo da insuficiência respiratória aguda; (5) manejo da neutropenia febril; (6) tratamento quimioterápico de urgência em pacientes graves; (7) experiência do paciente e da família; (8) cuidados paliativos; (9) cuidados com a equipe da unidade de terapia intensiva; e (10) impacto a longo prazo da doença grave na população oncológica. Esperase que a divulgação dessas políticas traga mudanças aos padrões atuais do cuidado em saúde. Entendemos que é um processo longo, e iniciativas como o presente artigo são um dos primeiros passos para aumentar a conscientização e possibilitar discussão sobre cuidados de alto valor em vários cenários de saúde.

5.
Crit. Care Sci ; 35(1): 73-83, Jan. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448074

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To understand the perception of medical communication and needs of family members with loved ones in intensive care. Methods: The study was mainly qualitative and exploratory, with thematic analysis of comments made by 92 family members with loved ones in intensive care units when answering in-person interviews comprising the Quality of Communication Questionnaire (QoC) and open-ended questions about their need for additional help, the appropriateness of the place where they received information, and additional comments. Results: The participants' mean age was 46.8 years (SD = 11.8), and most of them were female, married and had incomplete or completed elementary education. The following themes were found: perception of characteristics of medical communication; feelings generated by communication; considerations about specific questions in the QoC; family members' needs; and strategies to overcome needs regarding communication. Characteristics that facilitated communication included attention and listening. Characteristics that made communication difficult included aspects of information sharing, such as inaccessible language; lack of clarity, objectivity, sincerity, and agreement among the team; limited time; and inadequate location. Feelings such as shame, helplessness, and sadness were cited when communication was inadequate. Family members' needs related to communication included more details about the loved one's diagnosis, prognosis, and health condition; participation in decisionmaking; and being asked about feelings, spirituality, dying and death. Others were related to longer visitation time, psychological support, social assistance, and better infrastructure. Conclusion: It is necessary to enhance medical communication and improve hospital infrastructure to improve the quality of care for family members.


RESUMO Objetivo: Compreender a percepção da comunicação médica e das necessidades de familiares com entes queridos em terapia intensiva. Métodos: O estudo foi principalmente qualitativo e exploratório, com análise temática dos comentários feitos por 92 familiares com entes queridos em unidades de terapia intensiva ao responderem entrevistas presenciais, incluindo o Quality of Communication Questionnaire e perguntas abertas sobre sua necessidade de mais ajuda, a adequação do local onde recebiam informações e outros comentários. Resultados: A média de idade dos participantes foi 46,8 anos (desviopadrão de 11,8), e a maioria deles era do sexo feminino, casada e tinha educação fundamental incompleta ou completa. Foram encontrados os seguintes temas: percepção das características da comunicação médica; sentimentos gerados pela comunicação; considerações sobre questões específicas do Quality of Communication Questionnaire; necessidades dos familiares; e estratégias para suprir as necessidades relativas à comunicação. As características que facilitaram a comunicação incluíram atenção e escuta. As características que dificultaram a comunicação incluíram aspectos de compartilhamento de informações, como linguagem inacessível; falta de clareza, objetividade, sinceridade e concordância entre a equipe; tempo limitado e localização inadequada. Sentimentos como vergonha, impotência e tristeza foram citados quando a comunicação era inadequada. As necessidades dos familiares relacionadas à comunicação incluíam mais detalhes do diagnóstico, do prognóstico e da condição de saúde do ente querido; participação na tomada de decisões e ser questionado sobre sentimentos, espiritualidade, morrer e morte. Outros estavam relacionados às visitas mais longas, ao apoio psicológico, à assistência social e à melhor infraestrutura. Conclusão: É necessário otimizar a comunicação médica e a infraestrutura hospitalar para melhorar a qualidade da assistência a familiares.

6.
Crit. Care Sci ; 35(1): 107-111, Jan. 2023. graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448077

ABSTRACT

ABSTRACT Cardiac output is an essential determinant of oxygen delivery, although unreliably measured on clinical examination and routine monitoring. Unfortunately, cardiac output monitoring is rarely performed in pediatric critical care medicine, with a limited availability of accurate methods for children. Herein, we report two pediatric cases in which noninvasive pulse-wave transit time-based cardiac output monitoring (esCCO, Nihon Kohden, Tokyo, Japan) was used. The esCCO system calculates cardiac output continuously by using the negative correlation between stroke volume and pulse wave transit time and requires only electrocardiogram monitoring, noninvasive blood pressure, and pulse oximetry signals. Before starting its use, esCCO should be calibrated, which can be done using patient information (gender, age, height, and body weight) or entering cardiac output values obtained by other methods. In both cases, when calibrations were performed using patient information, the agreement between esCCO and echocardiographic measurements was poor. However, after calibration with transthoracic echocardiography, the cardiac output values obtained by both methods remained similar after 2 hours and 18 hours. The results indicate that the esCCO system is suitable for use in children; however, further studies are needed to optimize its algorithm and determine its accuracy, precision, and trend in children.


RESUMO O débito cardíaco é um determinante importante do fornecimento de oxigênio, embora a sua mensuração seja realizada de forma pouco confiável no exame clínico e no monitoramento de rotina. Infelizmente, o monitoramento do débito cardíaco raramente é realizado na medicina intensiva pediátrica, com disponibilidade limitada de métodos precisos para crianças. Relatamos aqui dois casos pediátricos nos quais utilizouse o monitoramento não invasivo do débito cardíaco por meio da análise do tempo de trânsito de ondas de pulso (esCCO, Nihon Kohden, Tóquio, Japão). O sistema esCCO calcula o débito cardíaco continuamente pela correlação negativa entre o volume sistólico e o tempo de trânsito de ondas de pulso e requer apenas o monitoramento por eletrocardiograma, pressão arterial não invasiva e sinais de oximetria de pulso. Antes de iniciar seu uso, o esCCO deve ser calibrado, o que pode ser feito com informações do paciente (sexo, idade, altura e peso corporal) ou informando os valores do débito cardíaco obtidos mediante outros métodos. Em ambos os casos, quando as calibragens foram realizadas com informações do paciente, a concordância entre o débito cardíaco contínuo estimado e as medidas ecocardiográficas foi insatisfatória. Entretanto, após a calibragem com ecocardiografia transtorácica, os valores do débito cardíaco obtidos pelos dois métodos permaneceram semelhantes após 2 horas e 18 horas. Os resultados indicam que o sistema esCCO pode ser útil em crianças; entretanto, são necessários mais estudos para otimizar seu algoritmo e determinar sua exatidão, precisão e tendência em crianças.

7.
Crit. Care Sci ; 35(1): 44-56, Jan. 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448080

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To investigate whether protocol-directed weaning in neurocritical patients would reduce the rate of extubation failure (as a primary outcome) and the associated complications (as a secondary outcome) compared with conventional weaning. Methods: A quasi-experimental study was conducted in a medical-surgical intensive care unit from January 2016 to December 2018. Patients aged 18 years or older with an acute neurological disease who were on mechanical ventilation > 24 hours were included. All patients included in the study were ready to wean, with no or minimal sedation, Glasgow coma score ≥ 9, spontaneous ventilatory stimulus, noradrenaline ≤ 0.2μgr/kg/ minute, fraction of inspired oxygen ≤ 0.5, positive end-expiratory pressure ≤ 5cmH2O, maximal inspiratory pressure < -20cmH2O, and occlusion pressure < 6cmH2O. Results: Ninety-four of 314 patients admitted to the intensive care unit were included (50 in the Intervention Group and 44 in the Control Group). There was no significant difference in spontaneous breathing trial failure (18% in the Intervention Group versus 34% in the Control Group, p = 0.12). More patients in the Intervention Group were extubated than in the Control Group (100% versus 79%, p = 0.01). The rate of extubation failure was not signifiantly diffrent between the groups (18% in the Intervention Group versus 17% in the Control Group; relative risk 1.02; 95%CI 0.64 - 1.61; p = 1.00). The reintubation rate was lower in the Control Group (16% in the Intervention Group versus 11% in the Control Group; relative risk 1.15; 95%CI 0.74 - 1.82; p = 0.75). The need for tracheotomy was lower in the Intervention Group [4 (8%) versus 11 (25%) in the Control Group; relative risk 0.32; 95%CI 0.11 - 0.93; p = 0.04]. At Day 28, the patients in the Intervention Group had more ventilator-free days than those in the Control Group [28 (26 - 28) days versus 26 (19 - 28) days; p = 0.01]. The total duration of mechanical ventilation was shorter in the Intervention Group than in the Control Group [5 (2 - 13) days versus 9 (3 - 22) days; p = 0.01]. There were no diffrences in the length of intensive care unit stay, 28-day free from mechanical ventilation, hospital stay or 90-day mortality. Conclusion: Considering the limitations of our study, the application of a weaning protocol for neurocritical patients led to a high percentage of extubation, a reduced need for tracheotomy and a shortened duration of mechanical ventilation. However, there was no reduction in extubation failure or the 28-day free of from mechanical ventilation compared with the Control Group. ClinicalTrials.gov Registry:NCT03128086


RESUMO Objetivo: Investigar se o desmame por protocolo em pacientes neurocríticos reduz a taxa de falha de extubação (desfecho primário) e as complicações associadas (desfecho secundário) em comparação com o desmame convencional. Métodos: Realizou-se um estudo quase experimental em uma unidade de terapia intensiva médico-cirúrgica de janeiro de 2016 a dezembro de 2018. Foram incluídos pacientes com 18 anos de idade ou mais, com doença neurológica aguda e em ventilação mecânica > 24 horas. Todos os pacientes incluídos no estudo estavam prontos para o desmame, com nenhuma ou mínima sedação, escala de coma de Glasgow ≥ 9, estímulo ventilatório espontâneo, noradrenalina ≤ 0,2μgr/kg/minuto, fração inspirada de oxigênio ≤ 0,5, pressão expiratória positiva final ≤ 5cmH2O, pressão inspiratória máxima < -20cmH2O e pressão de oclusão < 6cmH2O. Resultados: Foram incluídos 94 dos 314 pacientes admitidos à unidade de terapia intensiva, sendo 50 no Grupo Intervenção e 44 no Grupo Controle. Não houve diferença significativa na falha do ensaio respiratório espontâneo (18% no Grupo Intervenção versus 34% no Grupo Controle, p = 0,12). Foram extubados mais pacientes no Grupo Intervenção do que no Controle (100% versus 79%; p = 0,01). A taxa de falha de extubação não foi significativamente diferente entre os grupos (18% no Grupo Intervenção versus 17% no Grupo Controle, risco relativo de 1,02; IC95% 0,64 - 1,61; p = 1,00). A taxa de reintubação foi menor no Grupo Controle (16% no Grupo Intervenção versus 11% no Grupo Controle; risco relativo de 1,15; IC95% 0,74 -1,82; p = 0,75). A necessidade de traqueotomia foi menor no Grupo Intervenção [4 (8%) versus 11 (25%) no Grupo Controle; risco relativo de 0,32; IC95% 0,11 - 0,93; p = 0,04]. Aos 28 dias, os pacientes do Grupo Intervenção tinham mais dias sem ventilador do que os do Grupo Controle [28 (26 - 28) dias versus 26 (19 - 28) dias; p = 0,01]. A duração total da ventilação mecânica foi menor no Grupo Intervenção do que no Controle [5 (2 - 13) dias versus 9 (3 - 22) dias; p = 0,01]. Não houve diferenças no tempo de internação na unidade de terapia intensiva, 28 dias sem ventilação mecânica, internação hospitalar ou mortalidade em 90 dias. Conclusão: Considerando as limitações de nosso estudo, a aplicação de um protocolo de desmame em pacientes neurocríticos levou à maior proporção de extubação, à menor necessidade de traqueotomia e à menor duração da ventilação mecânica. Entretanto, não houve redução na falha de extubação ou 28 dias sem ventilação mecânica em comparação com o Grupo de Controle. Registro ClinicalTrials.gov:NCT03128086

8.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1435802

ABSTRACT

OBJETIVO:Conhecer as experiências de profissionais de enfermagem no cuidado às pessoas em final de vida pela COVID-19 hospitalizadas em unidade de terapia intensiva. METODOLOGÍA: Para isso, empreendeu-se uma pesquisa qualitativa, descritiva, que se aproxima do paradigma interpretativo. Entre maio e junho de 2022 foram entrevistados 12 profissionais de enfermagem atuantes em unidade de terapia intensiva de um hospital filantrópico do Sul do Brasil. Os dados foram gerenciados no programa Atlas.ti e submetidos à análisetemática. RESULTADOS: Apresentados neste artigo dizem respeito à unidade temática O cuidado de enfermagem diante do final da vida por COVID-19 na Unidade de Terapia Intensiva, que se constituiu pelas subunidades: A possibilidade da morte: "infelizmente não tinha muito o que fazer, com relação a doença, pra reverter aquela situação", "A gente ficava ciente de que o paciente ia morrer": a comunicação entre equipes assistenciais, "A gente fazia tudo para todos": cuidados com o corpo na fase final de vida pela COVID-19, "A gente não tinha muito contato com a família": o distanciamento da equipe de enfermagem e, por fim, "Era eles com eles mesmos": vivência dos pacientes em UTI sob a perspectiva dos profissionais. CONCLUSÕES: As experiências descritas reforçam a necessidade de educação das equipes de enfermagem, para os cuidados paliativos, especialmente em UTI. Embora eles não se restrinjam à fase final da vida, podem fazer a diferença entre um morrer com dignidade e um morrer com sofrimento e solidão, sobretudo em períodos de emergência sanitária marcados por grande mortalidade.


OBJECTIVE:To know the experiences of nursing professionals caring for people at the end of life due to COVID-19 hospitalized in an intensive care unit. METHODOLOGY: For this, we undertake a qualitative, descriptive research, which approaches the interpretative paradigm. Between May and June 2022, we interviewed 12 nursing professionals working in an intensive care unit of a philanthropic hospital in southern Brazil. The data were managed in the Atlas.ti program and submitted to thematic analysis. RESULTS:Presented inthis article concern the thematic unit Nursing care at the end of life due to COVID-19 in Intensive Care Unit, constituted by the subunits: The possibility of death: "Unfortunately we didn't have much to do to reverse that situation"; "We were aware that the patient was going to die": communication between care teams; "We did everything for everyone"; "We did not have much contact with the family": the distancing of the nursing team and, finally, "It was them with themselves": experience of patients in ICUfrom the perspective of professionals. CONCLUSIONS: Experiences described reinforce the need for education to nursing teams, especially in ICU, for palliative care. Although they are not restricted to the final stage of life, they can make the difference between dying with dignity and dying with suffering and loneliness, especially in periods of health emergency marked by high mortality.


OBJETIVO: Conocer las experiencias de profesionales de enfermería en el cuidado a las personas en final de vida por COVID-19 hospitalizadas en Unidad de TerapiaIntensiva (UTI). METODOLOGÍA: Para ello, se emprendió una investigación cualitativa, descriptiva, que se aproxima al paradigma interpretativo. Entre mayo y junio de 2022 fueron entrevistados 12 profesionales de enfermería, actuando en UTIde un hospital filantrópico del sur de Brasil. Los datos se gestionaron en el programa Atlas.ti y se sometieron al análisis temático. RESULTADOS: Presentados en este artículo se refieren a la unidad temática El cuidado de enfermería ante el final de la vida por COVID-19 en la UTI, que se constituyó por las subunidades: La posibilidad de la muerte: "desafortunadamente no había mucho que hacer para revertir esa situación", "Nos dimos cuenta de que el paciente iba a morir": la comunicación entre equipos asistenciales, "Hicimos todo por todos": el cuidado del cuerpo en la fase final de la vida por COVID-19, "No teníamos mucho contacto con la familia": el distanciamiento del equipo de enfermería y, por último, "Eran ellos mismos": vivencia de los pacientes en UTI desde la perspectiva de los profesionales. CONCLUSIONES: Las experiencias descritas refuerzan la necesidad de educación de los equipos de enfermería, especialmente en UCI, para los cuidados paliativos. Aunque no se limitan a la fase final de la vida, pueden hacer la diferencia entre un morir con dignidad y un morir con sufrimiento y soledad, sobre todo en períodos de emergencia sanitaria marcados por gran mortalidad


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Hospice and Palliative Care Nursing , COVID-19/nursing , Nurses/psychology , Attitude to Death , Interviews as Topic , Terminally Ill , Qualitative Research , COVID-19/psychology , Hospitalization , Intensive Care Units , Nursing, Team
9.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 36: eAPE008032, 2023. tab
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1447022

ABSTRACT

Resumo Objetivo Identificar, entre os instrumentos de predição de risco para lesão por pressão (LP) Waterlow, Cubbin & Jackson e EVARUCI , o mais específico e sensível para pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Métodos Estudo observacional, analítico e prospectivo, realizado em duas UTIs de São Paulo, Brasil, de agosto a novembro de 2019. Participaram 91 pacientes adultos que não apresentavam LP no momento da admissão na UTI e internados na UTI por mais de 24 horas. Os dados foram coletados de prontuários e por meio de avaliação clínica. A associação entre as variáveis clínicas, pessoais e a ocorrência de LP foi feita pelo Teste T-Student e Qui-quadrado e a sensibilidade e a especificidade dos instrumentos foram valiadas por meio da curva ROC. Resultados Houve predominância do sexo masculino (54,9%), média de idade de 66,2 ± 20,8 anos e de internação por razões clínicas (64,9%). O uso de drogas vasoativas, ventilação mecânica, contenção mecânica, sedação, dispositivos, a gravidade e procedência foram associados ao desenvolvimento de LP. A área sob a curva da Cubbin & Jackson, EVARUCI e Waterlow foram respectivamente 0,91, 0,96 e 0,76; e a EVARUCI demonstrou a maior acurácia (90,1%). Conclusão Os instrumentos Cubbin & Jackson e EVARUCI apresentaram alta sensibilidade e especificidade para avaliação de risco para LP em pacientes internados em UTIs, sendo que a EVARUCI mostrou melhor acurácia.


Resumen Objetivo Identificar, entre los instrumentos de predicción de riesgo de úlcera por presión (UP) Waterlow, Cubbin & Jackson y EVARUCI , cuál es el más específico y sensible para pacientes en Unidad de Cuidados Intensivos (UCI). Métodos Estudio observacional, analítico y prospectivo, realizado en dos UCI de São Paulo, Brasil, de agosto a noviembre de 2019. Participaron 91 pacientes adultos que no presentaban UP en el momento de la admisión a la UCI e internados en la UCI por más de 24 horas. Los datos fueron recopilados de las historias clínicas y por medio de evaluación clínica. La asociación entre las variables clínicas, personales y los casos de UP fue realizada por el test-T Student y ji cuadrado, y la sensibilidad y especificidad de los instrumentos fueron validadas mediante la curva ROC. Resultados Hubo predominancia de sexo masculino (54,9 %), promedio de edad de 66,2 ± 20,8 años y de internación por razones clínicas (64,9 %). El uso de drogas vasoactivas, ventilación mecánica, contención mecánica, sedación, dispositivos, la gravedad y procedencia se asociaron a la aparición de UP. El área bajo la curva de Cubbin & Jackson fue 0,91, de EVARUCI fue 0,96 y de Waterlow fue 0,76. El EVARUCI demostró la mayor precisión (90,1 %). Conclusión Los instrumentos Cubbin & Jackson y EVARUCI presentaron alta sensibilidad y especificidad para la evaluación de riesgo de UP en pacientes internados en UCI, de los cuales el EVARUCI demostró una mejor precisión.


Abstract Objective To identify, among the Waterlow, Cubbin & Jackson and EVARUCI risk prediction instruments for pressure injuries (PI), the most specific and sensitive for patients in Intensive Care Units (ICU)). Methods This is an observational, analytical and prospective study, carried out in two ICUs in São Paulo, Brazil, from August to November 2019. Participants were 91 adult patients who did not have PI at the time of admission to the ICU and who had been hospitalized in the ICU for more than 24 hours. Data were collected from medical records and through clinical assessment. The association between clinical and personal variables and PI occurrence was performed using Student's t test and chi-square test, and the instruments' sensitivity and specificity were assessed using the ROC curve. Results There was a predominance of males (54.9%), mean age of 66.2 ± 20.8 years and hospitalization for clinical reasons (64.9%). Vasoactive drug use, mechanical ventilation, mechanical restraint, sedation, devices, severity and origin were associated with PI development. The area under the curve for Cubbin & Jackson, EVARUCI and Waterlow were, respectively, 0.91, 0.96 and 0.76, and EVARUCI demonstrated the highest accuracy (90.1%). Conclusion The Cubbin & Jackson and EVARUCI instruments showed high sensitivity and specificity for PI risk assessment in patients admitted to ICUs, and EVARUCI showed better accuracy.

10.
Crit. Care Sci ; 35(2): 147-155, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448093

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To assess factors associated with long-term neuropsychiatric outcomes, including biomarkers measured after discharge from the intensive care unit. Methods: A prospective cohort study was performed with 65 intensive care unit survivors. The cognitive evaluation was performed through the Mini-Mental State Examination, the symptoms of anxiety and depression were evaluated using the Hospital Anxiety and Depression Scale, and posttraumatic stress disorder was evaluated using the Impact of Event Scale-6. Plasma levels of amyloid-beta (1-42) [Aβ (1-42)], Aβ (1-40), interleukin (IL)-10, IL-6, IL-33, IL-4, IL-5, tumor necrosis factor alpha, C-reactive protein, and brain-derived neurotrophic factor were measured at intensive care unit discharge. Results: Of the variables associated with intensive care, only delirium was independently related to the occurrence of long-term cognitive impairment. In addition, higher levels of IL-10 and IL-6 were associated with cognitive dysfunction. Only IL-6 was independently associated with depression. Mechanical ventilation, IL-33 levels, and C-reactive protein levels were independently associated with anxiety. No variables were independently associated with posttraumatic stress disorder. Conclusion: Cognitive dysfunction, as well as symptoms of depression, anxiety, and posttraumatic stress disorder, are present in patients who survive a critical illness, and some of these outcomes are associated with the levels of inflammatory biomarkers measured at discharge from the intensive care unit.


RESUMO Objetivo: Avaliar os fatores associados aos desfechos neuropsiquiátricos de longo prazo, incluindo biomarcadores, medidos após a alta da unidade de terapia intensiva. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte prospectivo com 65 sobreviventes de unidades de terapia intensiva. A avaliação cognitiva foi realizada por meio do Miniexame do Estado Mental; os sintomas de ansiedade e depressão foram avaliados por meio da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, e o transtorno de estresse pós-traumático foi avaliado pela Escala de Impacto do Evento-6. Os níveis plasmáticos de beta amiloide (1-42), beta amiloide (1-40), interleucina 10, interleucina 6, interleucina 33, interleucina 4, interleucina 5, fator de necrose tumoral alfa, proteína C-reativa e fator neurotrófico derivado do cérebro foram medidos na alta da unidade de terapia intensiva. Resultados: Das variáveis associadas à terapia intensiva, apenas o delirium foi relacionado de forma independente à ocorrência de comprometimento cognitivo de longo prazo. Além disso, níveis mais altos de interleucina 10 e interleucina 6 foram associados à disfunção cognitiva. Apenas a interleucina 6 foi associada de forma independente à depressão. A ventilação mecânica, os níveis de interleucina 33 e os níveis de proteína C-reativa foram associados de forma independente à ansiedade. Nenhuma variável foi associada de forma independente ao transtorno de estresse pós-traumático. Conclusão: A disfunção cognitiva, bem como os sintomas de depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático, estão presentes em pacientes que sobrevivem a uma doença grave, e alguns desses desfechos estão associados aos níveis de biomarcadores inflamatórios medidos na alta da unidade de terapia intensiva.

11.
Crit. Care Sci ; 35(2): 117-146, 2023. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1448100

ABSTRACT

ABSTRACT Echocardiography in critically ill patients has become essential in the evaluation of patients in different settings, such as the hospital. However, unlike for other matters related to the care of these patients, there are still no recommendations from national medical societies on the subject. The objective of this document was to organize and make available expert consensus opinions that may help to better incorporate echocardiography in the evaluation of critically ill patients. Thus, the Associação de Medicina Intensiva Brasileira, the Associação Brasileira de Medicina de Emergência, and the Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar formed a group of 17 physicians to formulate questions relevant to the topic and discuss the possibility of consensus for each of them. All questions were prepared using a five-point Likert scale. Consensus was defined a priori as at least 80% of the responses between one and two or between four and five. The consideration of the issues involved two rounds of voting and debate among all participants. The 27 questions prepared make up the present document and are divided into 4 major assessment areas: left ventricular function, right ventricular function, diagnosis of shock, and hemodynamics. At the end of the process, there were 17 positive (agreement) and 3 negative (disagreement) consensuses; another 7 questions remained without consensus. Although areas of uncertainty persist, this document brings together consensus opinions on several issues related to echocardiography in critically ill patients and may enhance its development in the national scenario.


RESUMO A ecocardiografia do paciente grave tem se tornado fundamental na avaliação de pacientes em diferentes cenários e ambientes hospitalares. Entretanto, ao contrário de outras áreas relativas ao cuidado com esses pacientes, ainda não existem recomendações de sociedades médicas nacionais acerca do assunto. O objetivo deste documento foi organizar e disponibilizar opiniões de consenso de especialistas que possam auxiliar a melhor incorporação dessa técnica na avaliação de pacientes graves. Dessa forma, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a Associação Brasileira de Medicina de Emergência e a Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar compuseram um grupo de 17 médicos para formular questões pertinentes ao tópico e debater a possibilidade de consenso de especialistas para cada uma delas. Todas as questões foram elaboradas no formato de escala Likert de cinco pontos. Consenso foi definido, a priori, como um somatório de, ao menos, 80% das respostas entre um e dois ou entre quatro e cinco. A apreciação das questões envolveu dois ciclos de votação e debate entre todos os participantes. As 27 questões elaboradas compõem o presente documento e estão divididas em 4 grandes áreas de avaliação: da função ventricular esquerda; da função ventricular direita; diagnóstica dos choques e hemodinâmica. Ao fim do processo, houve 17 consensos positivos (concordância) e 3 negativos (discordância); outras 7 questões persistiram sem consenso. Embora persistam áreas de incerteza, este documento reúne opiniões de consenso para diversas questões relativas à ecocardiografia do paciente grave e pode potencializar seu desenvolvimento no cenário nacional.

12.
Rev. bras. ter. intensiva ; 34(4): 433-442, out.-dez. 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1423673

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Analisar e comparar as características de pacientes críticos com a COVID-19, a abordagem clínica e os resultados entre os períodos de pico e de platô na primeira onda pandêmica em Portugal. Métodos: Este foi um estudo de coorte multicêntrico ambispectivo, que incluiu pacientes consecutivos com a forma grave da COVID-19 entre março e agosto de 2020 de 16 unidades de terapia intensiva portuguesas. Definiram-se as semanas 10 - 16 e 17 - 34 como os períodos de pico e platô. Resultados: Incluíram-se 541 pacientes adultos com mediana de idade de 65 [57 - 74] anos, a maioria do sexo masculino (71,2%). Não houve diferenças significativas na mediana de idade (p = 0,3), no Simplified Acute Physiology Score II (40 versus 39; p = 0,8), na pressão parcial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio (139 versus 136; p = 0,6), na terapia com antibióticos na admissão (57% versus 64%; p = 0,2) ou na mortalidade aos 28 dias (24,4% versus 22,8%; p = 0,7) entre o período de pico e platô. Durante o período de pico, os pacientes tiveram menos comorbidades (1 [0 - 3] versus 2 [0 - 5]; p = 0,002); fizeram mais uso de vasopressores (47% versus 36%; p < 0,001) e ventilação mecânica invasiva na admissão (58,1% versus 49,2%; p < 0,001), e tiveram mais prescrição de hidroxicloroquina (59% versus 10%; p < 0,001), lopinavir/ritonavir (41% versus 10%; p < 0,001) e posição prona (45% versus 36%; p = 0,04). Entretanto, durante o platô, observou-se maior uso de cânulas nasais de alto fluxo (5% versus 16%; p < 0,001) na admissão, remdesivir (0,3% versus 15%; p < 0,001) e corticosteroides (29% versus 52%; p < 0,001), além de menor tempo de internação na unidade de terapia intensiva (12 versus 8 dias; p < 0,001). Conclusão: Houve mudanças significativas nas comorbidades dos pacientes, nos tratamentos da unidade de terapia intensiva e no tempo de internação entre os períodos de pico e platô na primeira onda da COVID-19.


ABSTRACT Objective: To analyze and compare COVID-19 patient characteristics, clinical management and outcomes between the peak and plateau periods of the first pandemic wave in Portugal. Methods: This was a multicentric ambispective cohort study including consecutive severe COVID-19 patients between March and August 2020 from 16 Portuguese intensive care units. The peak and plateau periods, respectively, weeks 10 - 16 and 17 - 34, were defined. Results: Five hundred forty-one adult patients with a median age of 65 [57 - 74] years, mostly male (71.2%), were included. There were no significant differences in median age (p = 0.3), Simplified Acute Physiology Score II (40 versus 39; p = 0.8), partial arterial oxygen pressure/fraction of inspired oxygen ratio (139 versus 136; p = 0.6), antibiotic therapy (57% versus 64%; p = 0.2) at admission, or 28-day mortality (24.4% versus 22.8%; p = 0.7) between the peak and plateau periods. During the peak period, patients had fewer comorbidities (1 [0 - 3] versus 2 [0 - 5]; p = 0.002) and presented a higher use of vasopressors (47% versus 36%; p < 0.001) and invasive mechanical ventilation (58.1 versus 49.2%; p < 0.001) at admission, prone positioning (45% versus 36%; p = 0.04), and hydroxychloroquine (59% versus 10%; p < 0.001) and lopinavir/ritonavir (41% versus 10%; p < 0.001) prescriptions. However, a greater use of high-flow nasal cannulas (5% versus 16%, p < 0.001) on admission, remdesivir (0.3% versus 15%; p < 0.001) and corticosteroid (29% versus 52%, p < 0.001) therapy, and a shorter ICU length of stay (12 days versus 8, p < 0.001) were observed during the plateau. Conclusion: There were significant changes in patient comorbidities, intensive care unit therapies and length of stay between the peak and plateau periods of the first COVID-19 wave.

13.
J. bras. nefrol ; 44(3): 383-394, July-Sept. 2022. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1405391

ABSTRACT

Abstract Background: the predictive ability of severity scores for mortality in patients admitted to intensive care units is not well-known among kidney transplanted (KT) patients, especially those diagnosed with coronavirus disease 2019 (COVID-19). The purpose of the present study was to evaluate the predictive ability of severity scores for mortality in KT recipients. Methods: 51 KT recipients with COVID-19 diagnosis were enrolled. The performance of the SOFA, SAPS 3, and APACHE IV tools in predicting mortality after COVID-19 was compared by the area under the ROC curve (AUC-ROC) and univariate Cox regression analysis was performed. Results: The 90-day cumulative incidence of death was 63.4%. Only APACHE IV score differed between survivors and nonsurvivors: 91.2±18.3 vs. 106.5±26.3, P = 0.03. The AUC- ROC of APACHE IV for predicting death was 0.706 (P = 0.04) and 0.656 (P = 0.06) at 7 and 90 days, respectively. Receiving a kidney from a deceased donor (HR = 3.16; P = 0.03), troponin levels at admission (HR for each ng/mL = 1.001; P = 0.03), APACHE IV score (HR for each 1 point = 1.02; P = 0.01), mechanical ventilation (MV) requirement (HR = 3.04; P = 0.002) and vasopressor use on the first day after ICU admission (HR = 3.85; P < 0.001) were associated with the 90-day mortality in the univariate analysis. Conclusion: KT recipients had high mortality, which was associated with type of donor, troponin levels, early use of vasopressors, and MV requirement. The other traditional severity scores investigated could not predict mortality.


RESUMO Introdução: a capacidade preditiva dos escores de gravidade para mortalidade em pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva não é bem conhecida entre pacientes transplantados renais (TR), especialmente aqueles diagnosticados com doença coronavírus 2019 (COVID-19). Este estudo avaliou a capacidade preditiva dos escores de gravidade para mortalidade em receptores de TR. Métodos: Foram inscritos 51 receptores de TR diagnosticados com COVID-19. O desempenho das ferramentas SOFA, SAPS 3, APACHE IV em predizer mortalidade após COVID-19 foi comparado pela área sob a curva ROC (AUC-ROC) e realizou-se análise de regressão univariada de Cox. Resultados: A incidência cumulativa de óbito em 90 dias foi 63,4%. Somente APACHE IV diferiu entre sobreviventes e não-sobreviventes: 91,2±18,3 vs. 106,5±26,3; P = 0,03. A AUC-ROC do APACHE IV para predizer óbito foi 0,706 (P = 0,04) e 0,656 (P = 0,06) aos 7 e 90 dias, respectivamente. Receber rim de doador falecido (HR = 3,16; P = 0,03), níveis de troponina na admissão (HR para cada ng/mL = 1,001; P = 0,03), escore APACHE IV (HR para cada 1 ponto = 1,02; P = 0,01), necessidade de ventilação mecânica (VM) (HR = 3,04; P = 0,002), uso de vasopressor no primeiro dia após admissão na UTI (HR = 3,85; P < 0,001) foram associados à mortalidade em 90 dias na análise univariada. Conclusão: Receptores de TR apresentaram alta mortalidade, associada ao tipo de doador, níveis de troponina, uso precoce de vasopressores e necessidade de VM. Os outros escores tradicionais de gravidade investigados não puderam predizer mortalidade.

14.
Rev. bras. ter. intensiva ; 34(3): 380-385, jul.-set. 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1407741

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Determinar a incidência da síndrome pós-cuidados intensivos em uma coorte de pacientes em estado crítico admitidos à unidade de terapia intensiva e identificar fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento nas áreas de saúde física, cognitiva e mental. Métodos: Este foi um estudo de coorte observacional prospectivo desenvolvido na unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Foram incluídos no estudo pacientes internados em unidade de terapia intensiva a partir de 1 semana e com necessidade de ventilação mecânica por mais de 3 dias, choque ou delirium. Foram registradas variáveis demográficas, motivo da admissão, diagnósticos, sedação, tipo de ventilação mecânica, complicações e tempo de internação. Realizou-se análise univariada para identificar os fatores de risco relacionados à síndrome pós-cuidados intensivos. As escalas utilizadas para a avaliação das diferentes esferas foram Barthel, Pfeiffer, Hospital Anxiety and Depression Scale e Impact of Event Scale-6. As principais variáveis de interesse foram incidência da síndrome pós-cuidados intensivos de modo geral e por domínios. Os fatores de risco foram examinados em cada um dos domínios da saúde (saúde física, cognitiva e mental). Resultados: Participaram 87 pacientes. A Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II média foi de 16,5. O número médio de dias na unidade de terapia intensiva foi 17. A incidência geral da síndrome pós-cuidados intensivos foi de 56,3% (n = 49; IC95% 45,8 - 66,2). A incidência da síndrome pós-cuidados intensivos em cada uma das esferas foi de 32,1% (física), 11,5% (cognitiva) e 36,6% (saúde mental). Conclusão: A incidência da síndrome pós-cuidados intensivos foi de 56,3%. A esfera da saúde mental foi a mais frequentemente envolvida. Os fatores de risco diferem, dependendo da área considerada.


ABSTRACT Objective: To determine the incidence of postintensive care syndrome in a cohort of critically ill patients admitted to the intensive care unit and to identify risk factors related to its development in the physical, cognitive and mental health areas. Methods: This was a prospective observational cohort study developed in the intensive care unit of a university hospital. Patients with intensive care unit stays equal to or longer than one week and the need for mechanical ventilation for more than 3 days, shock or delirium were included in the study. Demographic variables, reasons for admission, diagnoses, sedation, type of mechanical ventilation used, complications and length of stay were recorded. A univariate analysis was performed to identify risk factors related to postintensive care syndrome. The scales used for the assessment of the different spheres were Barthel, Pfeiffer, Hospital Anxiety and Depression Scale and Impact of Event Scale-6. The main variables of interest were postintensive care syndrome incidence overall and by domains. Risk factors were examined in each of the health domains (physical, cognitive and mental health). Results: Eighty-seven patients were included. The mean Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II score was 16.5. The mean number of intensive care unit days was 17. The incidence of global postintensive care syndrome was 56.3% (n = 49, 95%CI 45.8 - 66.2%). The incidence of postintensive care syndrome in each of the spheres was 32.1% (physical), 11.5% (cognitive), and 36.6% (mental health). Conclusions: The incidence of postintensive care syndrome is 56.3%. The mental health sphere is the most frequently involved. The risk factors are different depending on the area considered.

15.
Rev. bras. ter. intensiva ; 34(2): 255-261, abr.-jun. 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1394911

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Testar se, após um teste de oclusão venosa, a taxa de saturação tecidual de oxigênio é capaz de estimar a taxa de saturação venosa de oxigênio central. Métodos: Realizou-se estudo observacional em pacientes de unidade de terapia intensiva. A taxa de saturação tecidual de oxigênio foi monitorada a partir de um espectrômetro tecidual (InSpectra modelo 650, Hutchinson Technology Inc., MN, Estados Unidos) com uma sonda múltipla de 15mm e 25mm na posição tenar. Aplicou-se um teste de oclusão venosa no braço superior de voluntários para testar a tolerabilidade e o padrão de mudanças na taxa de saturação tecidual de oxigênio durante a realização do teste de oclusão venosa. Inflou-se um manguito de esfigmomanômetro a uma pressão 30mmHg maior que a pressão diastólica até que a taxa de saturação tecidual de oxigênio alcançasse um platô e o manguito fosse desinflado a 0mmHg. Os parâmetros da taxa de saturação tecidual de oxigênio foram classificados como em repouso e mínima ao final do teste de oclusão venosa. Nos pacientes, o manguito foi inflado a uma pressão 30mmHg maior que a pressão diastólica durante 5 minutos, que foi o tempo derivado dos voluntários, ou até que a taxa de saturação tecidual de oxigênio atingisse um platô. Os parâmetros da taxa de saturação tecidual de oxigênio foram classificados como em repouso e mínima, e o tempo médio que a taxa de saturação tecidual de oxigênio se igualou à de saturação venosa de oxigênio central. A taxa de saturação tecidual de oxigênio no tempo médio foi comparada à de saturação venosa de oxigênio central. Resultados: Todos os nove voluntários toleraram bem o teste de oclusão venosa. O tempo de tolerabilidade ou o platô da taxa de saturação tecidual de oxigênio foi de 7 ± 1 minutos. Estudamos 22 pacientes. O tempo médio para a equalização da taxa de saturação tecidual de oxigênio à de saturação venosa de oxigênio central foi de 100 segundos e 95 segundos, utilizando sondas de 15 e 25mm, respectivamente. A taxa de saturação tecidual de oxigênio em 100 segundos foi de 74% ± 7%, utilizando sonda de 15mm, e de 74% ± 6%, utilizando sonda de 25mm. Então, as taxas foram comparadas à taxa de saturação venosa de oxigênio central, que apresentou 75% ± 6%. A taxa de saturação tecidual de oxigênio em 100 segundos correlacionou-se com a de saturação venosa de oxigênio central (15mm: R2 = 0,63; 25mm: R2 = 0,67; p < 0,01) sem discrepância (Bland-Altman). Conclusão: A taxa de saturação venosa de oxigênio central pode ser estimada a partir da taxa de saturação tecidual de oxigênio, a partir de um teste de oclusão venosa.


ABSTRACT Objective: To test whether tissue oxygen saturation (StO2) after a venous occlusion test estimates central venous oxygen saturation (ScvO2). Methods: Observational study in intensive care unit patients. Tissue oxygen saturation was monitored (InSpectra Tissue Spectrometer Model 650, Hutchinson Technology Inc., MN, USA) with a multiprobe (15/25mm) in the thenar position. A venous occlusion test in volunteers was applied in the upper arm to test the tolerability and pattern of StO2 changes during the venous occlusion test. A sphygmomanometer cuff was inflated to a pressure 30mmHg above diastolic pressure until StO2 reached a plateau and deflated to 0mmHg. Tissue oxygen saturation parameters were divided into resting StO2 (r-StO2) and minimal StO2 (m-StO2) at the end of the venous occlusion test. In patients, the cuff was inflated to a pressure 30mmHg above diastolic pressure for 5 min (volunteers' time derived) or until a StO2 plateau was reached. Tissue oxygen saturation parameters were divided into r-StO2, m-StO2, and the mean time that StO2 reached ScvO2. The StO2 value at the mean time was compared to ScvO2. Results: All 9 volunteers tolerated the venous occlusion test. The time for tolerability or the StO2 plateau was 7 ± 1 minutes. We studied 22 patients. The mean time for StO2 equalized ScvO2 was 100 sec and 95 sec (15/25mm probes). The StO2 value at 100 sec ([100-StO2] 15mm: 74 ± 7%; 25mm: 74 ± 6%) was then compared with ScvO2 (75 ± 6%). The StO2 value at 100 sec correlated with ScvO2 (15 mm: R2 = 0.63, 25mm: R2 = 0.67, p < 0.01) without discrepancy (Bland Altman). Conclusion: Central venous oxygen saturation can be estimated from StO2 during a venous occlusion test.

16.
Rev. bras. ter. intensiva ; 34(2): 272-278, abr.-jun. 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1394914

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Realizar a tradução, a adaptação transcultural e a avaliação das propriedades clinimétricas da Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para avaliação da funcionalidade de pacientes internados em unidades de terapia intensiva no Brasil. Métodos: O processo de tradução e adaptação transcultural seguiu as seguintes etapas: tradução inicial, síntese, retrotradução, revisão por comitê de especialistas e pré-teste. Foram analisadas a confiabilidade intra e interavaliador e a concordância, com dados gerados a partir da avaliação de dois fisioterapeutas no mesmo grupo de pacientes (n = 35). As avaliações foram feitas de forma independente e cega quanto ao escore atribuído pelo outro profissional. A análise qualitativa foi realizada pelo comitê de revisão, e os especialistas adaptaram e sintetizaram a tradução da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure na língua portuguesa. Resultados: Observou-se concordância entre as traduções da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para versão brasileira. As equivalências conceitual, idiomática, semântica e experimental entre a versão original e a traduzida foram obtidas, resultando na versão brasileira, denominada Medida de Resultado da Reabilitação Funcional em Cuidados Intensivos. A avaliação das propriedades clinimétricas demonstrou evidências de alto grau de concordância e de confiabilidade, visto que todos tiveram Coeficiente de Correlação Intraclasse acima de 0,75. O Coeficiente de Correlação Intraclasse total foi de 0,89. Conclusão: A versão da escala Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure para avaliação da funcionalidade de pacientes internados em unidade de terapia intensiva pode ser utilizada de forma confiável no Brasil, pois foi traduzida e adaptada transculturamente para o português brasileiro e apresenta evidências de excelentes propriedades


ABSTRACT Objective: To translate, crossculturally adapt and evaluate the clinimetric properties of the Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure for evaluating the functionality of patients admitted to intensive care units in Brazil. Methods: The process of translation and cross-cultural adaptation involved the following steps: initial translation, synthesis, back-translation, expert committee review and pretesting. The intra- and interrater reliability and agreement were analyzed between two physical therapists who evaluated the same group of patients (n = 35). The evaluations were performed by each therapist independently and blinded to the score assigned by the other professional. The qualitative analysis was performed by the review committee, and the experts adapted and synthesized the Portuguese translation of the Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure. Results: There was agreement between the initial Brazilian translations of the Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure scale. The conceptual, idiomatic, semantic and experimental equivalences between the original and translated versions were assessed, resulting in the final Brazilian version of the scale, called the Medida de Resultado da Reabilitação Funcional em Cuidados Intensivos. The evaluation of the clinimetric properties showed evidence of a high degree of agreement and reliability, as all had an intraclass correlation coefficient above 0.75. The overall intraclass correlation coefficient was 0.89. Conclusion: The translated version of the Critical Care Functional Rehabilitation Outcome Measure scale for assessing the functionality of patients admitted to an intensive care unit can be used reliably in Brazil following translation and cross-cultural adaptation to Brazilian Portuguese and presents evidence of excellent interrater reliability.

17.
Rev. bioét. (Impr.) ; 30(2): 405-412, abr.-jun. 2022.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1387734

ABSTRACT

Resumo Dadas suas peculiaridades, a terminalidade destaca a necessidade de individualização do plano terapêutico e integralidade da assistência no cuidado em saúde. Este artigo analisou 23 publicações científicas com temática relativa a terminalidade e cuidados paliativos e discorreu sobre a abordagem terapêutica do paciente em terminalidade e a incorporação de diferentes práticas integrais em saúde. Buscou-se evidenciar que o reconhecimento das características da terminalidade possibilita estabelecer adequado estudo de prognóstico e implementar plano de cuidados que supra as necessidades do paciente terminal, com assistência pautada em princípios bioéticos, respeitando a vontade e particularidades do indivíduo. Conclui-se que os cuidados paliativos constituem importante instrumento no manejo de angústias biopsicossociais e espirituais de pessoas em terminalidade, por possibilitarem assistência ampliada do cuidado, promovendo dignidade, minimização do sofrimento e melhora na qualidade de vida desses pacientes e de seus familiares.


Abstract Given its peculiarities, terminality highlights the need for an individualization of the therapeutic plan and integrality of assistance in health care. This article analyzed 23 scientific publications with thematics related to terminality and palliative care and discussed the therapeutic approach to the terminally ill patient and the incorporation of different integral practices in health. We sought to evidence that recognizing the characteristics of terminality makes it possible to establish the adequate prognostic study and implement a plan of care that supplies the necessities of the terminally ill patient, with care based of bioethical principles, respecting the will and particularities of the individual. We conclude that the palliative care constitutes an important instrument in managing biopsychosocial and spiritual angst of terminally ill people, by making ample assistance in care possible, promoting dignity, minimizing suffering, and bettering the quality of life of these patients and their families.


Resumen Dadas sus peculiaridades, el final de la vida señala una necesidad de individualización del plan terapéutico y asistencia integral en el cuidado sanitario. Este artículo analizó 23 publicaciones científicas respecto al final de la vida y los cuidados paliativos y discutió el enfoque terapéutico del paciente terminal y la incorporación de diferentes prácticas integrales de salud. Se buscó demostrar que el reconocimiento de las características del final de la vida establece un adecuado pronóstico y puesta en marcha de un plan de cuidados que abarque las necesidades del paciente terminal, con asistencia basada en principios bioéticos, respetando la voluntad y particularidades del individuo. Los cuidados paliativos resultan ser un instrumento importante al manejo de las angustias biopsicosociales y espirituales de las personas en situación terminal, pues permiten un mayor cuidado, promoviendo la dignidad, mitigación del sufrimiento y una mejora de la calidad de vida de estos pacientes y sus familias.


Subject(s)
Palliative Care , Terminal Care , Bioethics , Terminally Ill , Ethics, Medical
18.
J. bras. pneumol ; 48(4): e20220121, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1405420

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: To identify the indications for physiotherapy and to evaluate physiotherapy practices in patients with COVID-19 admitted to the ICU (on mechanical ventilation) or to the ward (spontaneously breathing). Methods: An online, 50-item survey was completed by physiotherapists who had been treating hospitalized patients with COVID-19 in Brazil. Results: Of the 644 physiotherapists who initiated the survey, 488 (76%) completed it. The main reasons for indications for physiotherapy in both settings reported as "very frequently" and "frequently" both in the ICU and the ward by most respondents were oxygenation improvement (> 95%) and prevention of general complications (> 83%). Physical deconditioning was considered an infrequent indication. When compared with mobilization strategies, the use of respiratory interventions showed great variability in both work settings, and techniques considered effective were underutilized. The most frequently used respiratory techniques in the ICU were positioning (86%), alveolar recruitment (73%), and hard/brief expiratory rib cage compression (46%), whereas those in the ward were active prone positioning (90%), breathing exercises (88%), and directed/assisted cough (75%). The mobilization interventions reported by more than 75% of the respondents were sitting on the edge of the bed, active and resistive range of motion exercises, standing, ambulation, and stepping in place. Conclusions: The least common reason for indications for physiotherapy was avoidance of deconditioning, whereas oxygenation improvement was the most frequent one. Great variability in respiratory interventions was observed when compared with mobilization therapies, and there is a clear need to standardize respiratory physiotherapy treatment for hospitalized patients with COVID-19.


RESUMO Objetivo: Identificar as indicações de fisioterapia e avaliar as práticas fisioterapêuticas em pacientes com COVID-19 internados na UTI (em ventilação mecânica) ou na enfermaria (em respiração espontânea). Métodos: Questionário online, com 50 questões, respondido por fisioterapeutas que atendiam pacientes hospitalizados com COVID-19 no Brasil. Resultados: Dos 644 fisioterapeutas que iniciaram o questionário, 488 (76%) o concluíram. As principais indicações de fisioterapia relatadas como "muito frequente" e "frequentemente" tanto na UTI quanto na enfermaria pela maioria dos respondentes foram melhora da oxigenação (> 95%) e prevenção de complicações gerais (> 83%). Descondicionamento físico foi considerado uma indicação pouco frequente. Em comparação com as estratégias de mobilização, as intervenções respiratórias apresentaram grande variabilidade em ambos os setores de trabalho, e técnicas consideradas eficazes foram subutilizadas. As técnicas respiratórias mais utilizadas na UTI foram posicionamento (86%), recrutamento alveolar (73%) e compressão torácica expiratória forte e rápida (46%), enquanto, na enfermaria, as mais utilizadas foram posição prona ativa (90%), exercícios respiratórios (88%) e tosse assistida/dirigida (75%). As intervenções de mobilização relatadas por mais de 75% dos respondentes foram sedestação a beira leito, exercícios ativos e resistidos de membros superiores/inferiores, ortostatismo, deambulação e marcha estacionária. Conclusões: A indicação menos frequente de fisioterapia foi prevenção do descondicionamento, enquanto melhora da oxigenação foi a mais frequente. Observou-se grande variabilidade nas intervenções respiratórias em comparação com as terapias de mobilização, e há uma clara necessidade de padronização do tratamento fisioterapêutico respiratório para pacientes hospitalizados com COVID-19.

19.
Rev. Soc. Bras. Clín. Méd ; 20(2): 95-102, 2022.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1428796

ABSTRACT

Introdução: A extubação no serviço de emergência não é realizada com frequência, mas pode ser segura em pacientes selecionados sendo que sua falha e subsequente reintubação é associada com aumento do tempo de ventilação mecânica e mortalidade. Objetivo: Estabelecer as variáveis preditivas de insucesso da extubação na sala de emergência para a identificação dos pacientes potencialmente elegíveis para o procedimento com maior assertividade. Métodos: Estudo retrospectivo através da análise de prontuário de pacientes que foram extubados no serviço de emergência do Hospital de Base de São José de Rio Preto/SP no período de julho de 2018 a julho de 2021. Dados clínicos e demográficos foram coletados, como idade, sexo, causa da intubação e doenças associadas. Os demais dados analisados após a extubação do paciente foram necessidade de reintubação, tempo de internação hospitalar, necessidade de terapia intensiva, alta hospitalar e óbito. Resultados: Os preditores de reintubação orotraqueal avaliados foram idade, sexo masculino, duração da intubação, doenças cardíacas, pulmonares, gastrointestinais e infecciosas, traumatismo cranioencefálico, ventilação não invasiva pós-extubação e estridor. Os preditores com maior Odds Ratio foram estridor, doenças infecciosas e ventilação não invasiva pós-extubação, com aumento da chance de reintubação comparado aos outros pacientes. Conclusão: A análise conjunta das variáveis clínicas mais a identificação dos fatores de insucesso apresentados estimulam a equipe assistencial a buscar a extubação de pacientes selecionáveis dentro da sala de emergência com maior assertividade


Introduction: Extubation in the emergency department is not performed frequently, but it can be safe in selected patients, and its failure and subsequent reintubation is associated with increased duration of mechanical ventilation and mortality. Objective: To establish predictive variables of extubation failure in the emergency room to identify patients potentially eligible for the procedure with greater assertiveness. Methods: Retrospective study by analyzing the medical records of patients who were extubated in the emergency department of the Hospital de Base de São José de Rio Preto/SP from July 2018 to July 2021. Clinical and demographic data were collected, such as age, sex, cause of intubation and associated diseases. The other data analyzed after extubation of the patient were need for reintubation, length of hospital stay, need for intensive care, hospital discharge and death. Results: The predictors of orotracheal reintubation evaluated were age, male gender, duration of intubation, cardiac, pulmonary, gastrointestinal and infectious diseases, traumatic brain injury, non-invasive post-extubation ventilation and stridor. The predictors with the highest Odds Ratio were stridor, infectious diseases and post-extubation noninvasive ventilation, with an increased chance of reintubation compared to other patients. Conclusion: The joint analysis of clinical variables plus the identification of failure factors presented encourage the care team to seek the extubation of selectable patients within the emergency room with greater assertiveness.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Young Adult , Emergency Service, Hospital/statistics & numerical data , Airway Extubation/statistics & numerical data , Respiration, Artificial/statistics & numerical data , Logistic Models , Demography , Multivariate Analysis , Intubation, Intratracheal/statistics & numerical data
20.
Rev. bras. ter. intensiva ; 33(3): 428-433, jul.-set. 2021. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1347287

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Construir um modelo de custo-efetividade para comparar o uso de propofol com o de midazolam em pacientes críticos adultos sob uso de ventilação mecânica. Métodos: Foi construído um modelo de árvore decisória para pacientes críticos submetidos à ventilação mecânica, o qual foi analisado sob a perspectiva do sistema privado de saúde no Brasil. O horizonte temporal foi o da internação na unidade de terapia intensiva. Os desfechos foram custo-efetividade por hora de permanência na unidade de terapia intensiva evitada e custo-efetividade por hora de ventilação mecânica evitada. Foram obtidos os dados do modelo a partir de metanálise prévia. Assumiu-se que o custo da medicação estava incluído nos custos da unidade de terapia intensiva. Conduziram-se análises univariada e de sensibilidade probabilística. Resultados: Pacientes mecanicamente ventilados em uso de propofol tiveram diminuição de sua permanência na unidade de terapia intensiva e na duração da ventilação mecânica, respectivamente, em 47,97 horas e 21,65 horas. Com o uso de propofol, ocorreu redução média do custo de U$2.998,971 em comparação ao uso do midazolam. A custo-efetividade por hora de permanência na unidade de terapia intensiva evitada e por hora de ventilação mecânica evitada foi dominante, respectivamente, em 94,40% e 80,8% do tempo. Conclusão: Ocorreu diminuição significante do custo associado ao uso de propofol, no que se refere à permanência na unidade de terapia intensiva e à duração da ventilação mecânica para pacientes críticos adultos.


ABSTRACT Objective: To build a cost-effectiveness model to compare the use of propofol versus midazolam in critically ill adult patients under mechanical ventilation. Methods: We built a decision tree model for critically ill patients submitted to mechanical ventilation and analyzed it from the Brazilian private health care system perspective. The time horizon was that of intensive care unit hospitalization. The outcomes were cost-effectiveness per hour of intensive care unit stay avoided and cost-effectiveness per hour of mechanical ventilation avoided. We retrieved data for the model from a previous meta-analysis. We assumed that the cost of medication was embedded in the intensive care unit cost. We conducted univariate and probabilistic sensitivity analyses. Results: Mechanically ventilated patients using propofol had their intensive care unit stay and the duration of mechanical ventilation decreased by 47.97 hours and 21.65 hours, respectively. There was an average cost reduction of US$ 2,998.971 for propofol when compared to midazolam. The cost-effectiveness per hour of intensive care unit stay and mechanical ventilation avoided were dominant 94.40% and 80.8% of the time, respectively. Conclusion: There was a significant reduction in costs associated with propofol use related to intensive care unit stay and duration of mechanical ventilation for critically ill adult patients.


Subject(s)
Humans , Adult , Midazolam , Propofol , Cost-Benefit Analysis , Hospitalization , Hypnotics and Sedatives , Intensive Care Units
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL